domingo, 20 de março de 2011

Gentieleza gera gentileza


Cheguei no trabalho e fui direto ao restaurante almoçar. Estava faminta e com um pouco de mau humor. Quando planejo algo que não dá certo meu humor fica péssimo. Acontece com mais freqüência e intensidade quando estou ‘naqueles’ dias. Ahhh! Tudo em mim altera. Sensibilidade, humor, libido. Fico a flor da pele, literalmente.
Fiz um prato básico, até porque o cardápio não dispõe de muitas opções. Em seguida, busquei uma mesa onde estivesse alguém conhecido para me achegar. Não estava disposta, naquele dia, para almoçar sozinha. Estava carente.
Avistei uma mesa para quatro pessoas, onde já se sentavam três. Um alívio. Estava, a essa altura do campeonato, na fila para pesar meu prato e torcendo para ninguém sentar no lugar que seria o meu.
Sem muita cerimônia pedi autorização aos colegas e sentei. Uhhh! Alívio!
Eis que chega outra colega que, assim como eu, não estava disposta a almoçar sozinha. E larga o verbo:
- Gente, dá para dar uma espremidinha para eu sentar com vocês? Não quero almoçar sozinha.
Fui a primeira a me apertar, pois bem sabia como é estar nessa situação.
Pronto. Depois de todos arrumados à mesa, começou o papo que variou de noticiário de jornal a futilidade. Outro alívio, porque odeio almoçar com colegas de trabalho e falar de trabalho. Coisa mais indigesta! A não ser que o almoço tenha esse objetivo, que não era o caso.
Levantei e me dei ao luxo de comer sobremesa. Doce é um santo remédio para as mulheres que estão ‘naqueles’ dias. Fiquei triste ao ver as bandejas vazias. Tinha pouquíssima opção de doce. Nem pudim. Fui direto ao garçom perguntar se haveria reposição e o mesmo respondeu que sim. Opa! Fiquei animada novamente, com o prato de sobremesa vazio, concentrada, esperando as novidades.
Depois de esperar alguns minutos aparece o garçom do outro lado do balcão com uma bandeja enorme de pudim. Outro dilema: Não tinha como sair para colocar na sessão de sobremesas, pois estava na função de pesar a comida. O gerente que estava próximo a ele também não podia sair naquele momento. Prontifiquei-me na hora:
- Não seja por isso! Pode confiar em mim que não derrubo essa bandeja no chão por nada no mundo.
Era enorme e pesada.
Dei meu prato para o gerente segurar e fui concentrada e bem lenta colocar aquela maravilha em seu lugar.
Coloquei um pedaço enorme do pudim e de quebra outro razoável de mousse de chocolate. Quando fui pesar, o gerente não deixou. Deu-me de cortesia a sobremesa só por eu ter colocado a bandeja do pudim no seu lugar.
Não quis aceitar, mas ele não permitiu de jeito algum que eu pagasse. Aí, relaxei!
Agradeci e fui saborear os doces com a turma. Contei-lhes a história e todos nos divertimos. Virou piada geral:
- Ah! Pera aí que equilibro até três bandejas para ganhar essa cortesia! Disse um colega, animado.
- Oxe! Fico ali repondo os pratos pra ganhar a cortesia também, disse outro.
Finalizei o papo dizendo:
- Realmente, gentileza gera gentileza!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Meu Carnaval - O paraíso é aqui

Passeio no rio


Visitinha na varanda de casa










Vista do quarto















Mar e Conchas


Fundo da casa (quintal)



A frente da casa
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