terça-feira, 30 de agosto de 2011

Mudança

Alô, alô galera que visita este blog!! Estava com problemas para postar vídeos e fotos, resolvi, por tanto, fazer outro.
Foi bom, porque estava mesmo afim de mudança. Achei que ficou mais aconchegante ainda.
Espero a visita de vocês lá!!!

Abraços!!!

Novo endereço: http://caixaintima.blogspot.com/

domingo, 14 de agosto de 2011

Um canto

Aquele canto
com poeira
tão pedaço de mim
abarrotado de papéis
escritos textos sujos
nada mais é
que um pedaço
cheio de impureza

sábado, 11 de junho de 2011

Imagens Refletidas

Imagens refletidas
Não servem a mim
Com tudo eu nada aprendi
Tenho que ficar aqui, agora
Presa no presente
Fui abandonada pelo passado, que passou por mim
Ligeiro que não senti
Passado que moldou meu presente e nublou logo ali
Eu não vi
Não posso passar aqui
Assim
Ali não sei ir se não voltar
Olhar, ouvir e sentir

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sonho I



Estava com a família, em um almoço típico de Domingo. Pelo menos era o que parecia, a primeira vista.
Depois de algum tempo, percebi que era uma grande confraternização, que não recordo exatamente a ocasião.
Sentávamos a uma mesa grande, retangular, na varanda de uma casa, eu, a prima Juju, minha irmã, minha mãe, cinco tias e alguns primos.
Tinha um grupo de pessoas sentadas à beira da piscina. Eu resolvi pular de uma altura de 13 metros.
Juju gritou:
- Não é piscina, é brita. Tá louca? Não pula.
Tarde demais, eu já havia pulado.
De repente eu voava e ria de todos, lá de cima. Ria tanto, quanto nunca ri igual até então.
- O almoço está na mesa!
Gritou uma tia. A mesma começou servir o meu prato com a comida, que de cima, onde eu estava, parecia deliciosa. O cheiro era uma coisa dos deuses. Minha irmã então resmunga:
- Ela não gosta disso que está servindo.
A tia responde:
- Agora ela come e gosta de tudo.
Eu lá do alto, voando, gritei que realmente gostava de tudo, mas não podia comer muito alho.
Acordei com dor de cabeça. Será que foi do vôo?
Mais um daqueles sonhos estranhos, mas cheios de símbolos e significados, que minha terapeuta adora.

domingo, 29 de maio de 2011

Espelho meu

Nesse mundo oco, sou eu quando sou metade de mim
A mim coube ser um mais dois, dividir
Quando busco três, encontro quatro, cinco de mim
Eu sou você em mim
Comigo sou eu sem mim
Pedaços e pedaços, construindo “eus,”, teus
Transbordo sensações
Sem meio, início ou fim
Buscando eu em você

Citação de Mário Quintana – Espelho Mágico
Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Rock

Não há nada mais rock'n roll do que o silêncio da boca e o grito interior!!!

domingo, 24 de abril de 2011

Feriado




Sabe aquela festa que você não quer ir, reluta com todas as forças, mas seus amigos enchem tanto o saco que você resolve ir. Quando chega acha defeito em absolutamente tudo. Alta hora, de repente, se esbarra com “aquela” pessoa que jamais imaginaria encontrar ali e a noite se torna perfeita?!
Foi assim meu feriado da semana santa. Planejei tanto fazer uma viagem, mas não deu certo.
Primeiro queria fazer trilha no mato, mas a turma desistiu. Depois tentei resgatar milhas e trocar por passagens para visitar minha família em Campinas e também não rolou.
Resolvi parar de me queixar e curtir da maneira que desse, sem planejar nada.
Fiz coisas maravilhosas! Realmente a felicidade está dentro de nós. E viver esses momentos de forma simples é sensacional.
Assisti a vários filmes que estavam na minha listinha há séculos; li um livro em uma sentada; curti a família; estive com aquele amigo que não via há tempo, daquele tipo que você usufrui horas da companhia e não se dá conta. Tomei “aquele” vinho em boa companhia; tomei cerveja e comi o “abusadinho”no Boteco do França (amo esse petisco); Assisti aqueles programas de mulherzinha no GNT sobre moda, comportamento e afins; Coloquei em dia os episódios das séries preferidas. Descobri vídeos bizarros no youtube; ouvi todos os cd’s que havia comprado e nunca tinha escutado com atenção. E, acreditem, tinha cd ainda lacrado; tirei uns sambas difíceis no violão; Ahh! Ganhei cafuné da minha mãe por horaaasss!
Todas essas coisas não têm preço!!
A única coisa desagradável nesses dias foi uma distensão muscular na batata da perna que está me incomodando por demais.
Que venham mais dias agradáveis como estes!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

xeque-mate


Às vezes me sinto o peão do xadrez. Sempre protegendo o rei, completamente desprotegido, correndo o risco de a qualquer momento sucumbir ao próprio desalento.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ancião


Sempre gostei muito de estar perto de velhos. Desde criança. Adorava ouvir suas histórias. Acreditava nelas, mesmo sendo mentiras. Ouvi com muita freqüência na adolescência que eu parecia mais velha do que realmente era. Tinha sempre alguma opinião sobre qualquer assunto. Muito determinada! Hoje talvez concorde e acredite, pelo fato de ter convivido e me alimentado da sabedoria destes anciões. E, claro, existiram algumas situações durante a vida que me forçaram a um amadurecimento prévio. Pois bem, lendo um livro com vários personagens envolvidos em algumas tramas, eis o que mais gosto: Um velho de quase 80 anos. O trecho que resolvi destacar é o final do diálogo entre Lúcia, personagem central e o ancião de 80 anos e resume com total lucidez a “moral” da história.

“Quando se chega a viver tanto quanto eu, enfim, começa-se a intuir que dentro da desordem do mundo há certa ordem. Talvez isso seja produto da minha necessidade, uma defesa ante a desolação e a falta de sentido, mas o certo é que, a cada dia que passa mais evidente me parece que a harmonia existe. Que acima do fragor das pequenas coisas há uma serenidade universal, sublime. Tão universal e tão sublime que certamente serve muito pouco de consolo quando o horror se abate sobre nossa pequenez, sobre o aqui e o agora. Mas às vezes a consciência se consola com essa percepção global do equilíbrio, com intuição de que tudo está relacionado de algum modo. Por exemplo, a dor. Sabia que existe uma síndrome de incapacidade genética de perceber a dor? Pois existe, sim; e as crianças que nascem com essa doença morrem muito cedo, porque não sentem os ferimentos que sofrem e não descobrem as infecções ainda no inicio. São crianças que se queimam ao se apoiarem em estufas ferventes ou que não mudam de posição durante horas, de modo que com freqüência seus braços e pernas necrosam. Quero dizer que até a dor, tão abominável, tão impensável, tão inadmissível, pode ocupar um lugar no sistema, pode ter uma razão de ser: de fato, ela nos ajuda a nos mantermos vivos.”


Ps: Recomendo o livro: A filha do canibal da escritora espanhola Rosa Monteiro.

Nota: Segundo crítica do Jornal espanhol El País, a Filha do Canibal transita entre o suspense policial e o romance de formação. As peripécias do suspense resultam numa viagem ao coração do romance, que consiste na busca de um sentido para a própria vida.

domingo, 20 de março de 2011

Gentieleza gera gentileza


Cheguei no trabalho e fui direto ao restaurante almoçar. Estava faminta e com um pouco de mau humor. Quando planejo algo que não dá certo meu humor fica péssimo. Acontece com mais freqüência e intensidade quando estou ‘naqueles’ dias. Ahhh! Tudo em mim altera. Sensibilidade, humor, libido. Fico a flor da pele, literalmente.
Fiz um prato básico, até porque o cardápio não dispõe de muitas opções. Em seguida, busquei uma mesa onde estivesse alguém conhecido para me achegar. Não estava disposta, naquele dia, para almoçar sozinha. Estava carente.
Avistei uma mesa para quatro pessoas, onde já se sentavam três. Um alívio. Estava, a essa altura do campeonato, na fila para pesar meu prato e torcendo para ninguém sentar no lugar que seria o meu.
Sem muita cerimônia pedi autorização aos colegas e sentei. Uhhh! Alívio!
Eis que chega outra colega que, assim como eu, não estava disposta a almoçar sozinha. E larga o verbo:
- Gente, dá para dar uma espremidinha para eu sentar com vocês? Não quero almoçar sozinha.
Fui a primeira a me apertar, pois bem sabia como é estar nessa situação.
Pronto. Depois de todos arrumados à mesa, começou o papo que variou de noticiário de jornal a futilidade. Outro alívio, porque odeio almoçar com colegas de trabalho e falar de trabalho. Coisa mais indigesta! A não ser que o almoço tenha esse objetivo, que não era o caso.
Levantei e me dei ao luxo de comer sobremesa. Doce é um santo remédio para as mulheres que estão ‘naqueles’ dias. Fiquei triste ao ver as bandejas vazias. Tinha pouquíssima opção de doce. Nem pudim. Fui direto ao garçom perguntar se haveria reposição e o mesmo respondeu que sim. Opa! Fiquei animada novamente, com o prato de sobremesa vazio, concentrada, esperando as novidades.
Depois de esperar alguns minutos aparece o garçom do outro lado do balcão com uma bandeja enorme de pudim. Outro dilema: Não tinha como sair para colocar na sessão de sobremesas, pois estava na função de pesar a comida. O gerente que estava próximo a ele também não podia sair naquele momento. Prontifiquei-me na hora:
- Não seja por isso! Pode confiar em mim que não derrubo essa bandeja no chão por nada no mundo.
Era enorme e pesada.
Dei meu prato para o gerente segurar e fui concentrada e bem lenta colocar aquela maravilha em seu lugar.
Coloquei um pedaço enorme do pudim e de quebra outro razoável de mousse de chocolate. Quando fui pesar, o gerente não deixou. Deu-me de cortesia a sobremesa só por eu ter colocado a bandeja do pudim no seu lugar.
Não quis aceitar, mas ele não permitiu de jeito algum que eu pagasse. Aí, relaxei!
Agradeci e fui saborear os doces com a turma. Contei-lhes a história e todos nos divertimos. Virou piada geral:
- Ah! Pera aí que equilibro até três bandejas para ganhar essa cortesia! Disse um colega, animado.
- Oxe! Fico ali repondo os pratos pra ganhar a cortesia também, disse outro.
Finalizei o papo dizendo:
- Realmente, gentileza gera gentileza!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Meu Carnaval - O paraíso é aqui

Passeio no rio


Visitinha na varanda de casa










Vista do quarto















Mar e Conchas


Fundo da casa (quintal)



A frente da casa

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Vizinho (s)


Estou em casa tentando me concentrar para ler um texto, mas meu vizinho querido não deixa porque está ouvindo um som altíssimo. Quem merece?
Por que escutar som no volume máximo, em plena terça-feira, em um apartamento, às 22h da noite?
Será que a criatura não trabalha? Não estuda? Ok. Menos (um suspiro). Será que não tem um mínimo de bom senso? Ou será mesmo que estou uma chata? Cri cri?
Pode ser. Fiquei pensando que ele pode ter tido um dia péssimo, problemas no trabalho, com a família, uma discussão ou briga feia mesmo com algum amigo, namorada, sei lá...e resolveu extravasar ouvindo um som alto, curtindo um barato. Vai saber. Está no direito dele não é mesmo? Não. Como diz o velho ditado: Seu direito acaba quando começa o do outro.
Acho-me até bem tolerante. Tenho vizinho músico que toca sax à noite, outro que tem um pitbul barulhento, late a noite toda porque fica preso em uma varanda minúscula. O sinal da sirene que toca toda madrugada, com o sol raiando, anunciando o início dos trabalhos da construção do prédio bem próximo ao meu e começam os barulhos das máquinas e dos trabalhadores.
Onde está o sossego que encontrei aqui logo que me mudei??
Enfim, solução do incomodo de hoje? Esperei dar 23h e gritei com carinho (risos) para meu querido vizinho:
- Vizinho!!! Tá sofrendoo?!!
Ele gritou de lá:
- Um pouco vizinha.
- Esse som tá um “pouco” alto, “né” não? Tô tentando me concentrar em um texto e não consigo!!
- Ahhh, fique sossegada, já estou desligando porque vou virar na “zorra” numa festa ali de um amigo!!
Moral: O bom humor às vezes ajuda nas soluções dos problemas.
Dei algumas risadas escrevendo esse texto.


Imagem: Google

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Qualquer semelhança é mera coincidência.
Recebi essa pérola no email de uma amiga querida! Adorei a música, o vídeo e a artista! Intenso, não?!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sou brega

Ultimamente tenho escutado muita música brega. Gosto de recorrer ao pai dos “burros” para definir exatamente o significado da palavra.
Eis a da brega: Diz-se do indivíduo ou daquilo que tem ou revela mau gosto; deselegante; cafona.

Tudo é tão relativo não é mesmo?! Um monte de coisa nos influencia durante a vida. Família, educação, cultura, bairro, amigos, escolas. E temos a capacidade de sermos mutantes o tempo tudo. Exatamente isso é que me fascina.
Aquilo que odeio ontem, hoje, por algum, motivo adoro.
Entendo quando um amigo meu fala que não existe música brega e sim super popular, pela simplicidade da melodia, pelas letras fáceis, diretas, que fala com qualquer público.
O que para uns pode ser de mau gosto para outros pode ser exatamente o contrário. Como dizer que as músicas de Roberto Carlos, Reginaldo Rossi, Odair José, Erasmo Carlos, Waldick Soriano, Sérgio Sampaio são de mau gosto?? Pois pra mim, muitas delas têm muita poesia e intensa verdade.

Passeando pela internet descobri um blog muito interessante, onde traz um texto polêmico a cerca destas questões. Aliás, abordado de forma muito mais profunda. (vale a pena conferir na íntegra: http://alexandreferrarisaores.blogspot.com/2010/03/carapuca-serve-em-todos-quando-se-fala_14.html).
Do tipo: Atrás das cortinas do “bom gosto” e do “mau gosto”, esconde-se um bichinho do qual em geral preferimos fugir a 120, 150, 200 quilômetros por hora e que atende pelo nome de preconceito. Será que eu desprezo o axé porque é péssimo ou porque desejo me manter bem distante dos baianos periféricos, pobres e pretos que o inventaram? Você detesta os emos porque fazem rock muito pauleira ou porque não se dá bem com seus figurinos esquisitões, soturnos, sexualmente indefinidos? É ficar entre uma coisa ou outra, indubitavelmente? Ou a repulsa (extra) musical nasce de uma gororoba mista disso tudo?
Esse apartheid musical é também reflexo da nossa desigualdade social. E isso se torna mais grave quando jornalistas, historiadores, sociólogos e museólogos não problematizam a questão e colocam seu gosto pessoal, ou o de sua classe social, como parâmetro para definir o presente e o passado cultural da nossa sociedade
.

Músico identificado à MPB, o maranhense Zeca Baleiro gosta de beliscar o conflito e, volta e meia, grava músicas de (e/ou trabalha em parceria com) Fagner, Luiz Gonzaga, Luiz Caldas, Luiz Ayrão, Odair José, Wanderléa, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Charlie Brown Jr., Geraldo Vandré. E gosta de cutucar opositores da dita cafonice: “Os ‘modernos’ são patéticos. Aplaudem Pedro Almodóvar e renegam Waldick Soriano. O que fez Almodóvar? Estilizou a cafonice espanhola com humor e inteligência, sim, blindado por uma aura cult, transgressora. Mas não há muita disparidade entre o universo de seus filmes, que na verdade são novelas filmadas, e o universo que se vê nas canções dos ‘cafonas’”.

Quer saber?? Quem não tem preconceito leva muito mais vantagem.


A música existe para que as pessoas amem, chorem, sonhem, protestem, se emocionem. Se ela faz esse papel com dignidade e eficácia, ela terá cumprido sua missão e a chamada qualidade que vá para o inferno!!





terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Quem sabe??

Prometido a mim mesma!

Tomar mais cerveja com meus amigos
Escrever mais no blog
Gravar músicas e postar no blog (Adooroo ouvir a versão que fiz de Pavão Misterioso)
Cantar alto no carro
Tocar violão com meus amigos
Ser ridícula
Rir do ridículo
Errar sem medo
Sorrir de desespero
Ouvir minha respiração
Calar mais
Cair
Levantar
Meditar
Beijar sem compromisso
Trabalhar mais
Assistir aos jogos do Baêaa minha porra em Pituaço
Não faltar a terapia
Tomar mais banho de mar
Ler
Prometer menos

Tentar

Escrever e apagar!!!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

REveja


Veja: má vontade e preconceito conduzem à cegueira


Resposta do ministro Jorge Hage a editorial de balanço da revista Veja:

Brasília, 27 de dezembro de 2010.

Sr. Editor,

Apesar de não surpreender a ninguém que haja acompanhado as edições da sua revista nos últimos anos, o número 52 do ano de 2010, dito de “Balanço dos 8 anos de Lula”, conseguiu superar-se como confirmação final da cegueira a que a má vontade e o preconceito acabam por conduzir.

Qualquer leitor que não tenha desembarcado diretamente de Marte na noite anterior haverá de perguntar-se “de que país a Veja está falando?”. E, se o leitor for um brasileiro e não integrar aquela ínfima minoria de 4% que avalia o Governo Lula como ruim ou péssimo, haverá de enxergar-se um completo idiota, pois pensava que o Governo Lula fora ótimo, bom ou regular. Se isso se aplica a todas as “matérias” e artigos da dita retrospectiva, quero deter-me especialmente às páginas não-numeradas e não-assinadas, sob o título “Fecham-se as cortinas, termina o espetáculo”. Ali, dentre outras raivosas adjetivações (e sem apontar quaisquer fatos, registre-se), o Governo Lula é apontado como “o mais corrupto da República”.

Será ele o mais corrupto porque foi o primeiro Governo da República que colocou a Polícia Federal no encalço dos corruptos, a ponto de ter suas operações criticadas por expor aquelas pessoas à execração pública? Ou por ser o primeiro que levou até governadores à cadeia, um deles, aliás, objeto de matéria nesta mesma edição de Veja, à página 81? Ou será por ser este o primeiro Governo que fortaleceu a Controladoria-Geral da União e deu-lhe liberdade para investigar as fraudes que ocorriam desde sempre, desbaratando esquemas mafiosos que operavam desde os anos 90, (como as Sanguessugas, os Vampiros, os Gafanhotos, os Gabirus e tantos mais), e, em parceria com a PF e o Ministério Público, propiciar os inquéritos e as ações judiciais que hoje já se contam pelos milhares? Ou por ter indicado para dirigir o Ministério Público Federal o nome escolhido em primeiro lugar pelos membros da categoria, de modo a dispor da mais ampla autonomia de atuação, inclusive contra o próprio Governo, quando fosse o caso? Ou já foram esquecidos os tempos do “Engavetador-Geral da República”?

Ou talvez tenha sido por haver criado um Sistema de Corregedorias que já expulsou do serviço público mais de 2.800 agentes públicos de todos os níveis, incluindo altos funcionários como procuradores federais e auditores fiscais, além de diretores e superintendentes de estatais (como os Correios e a Infraero). Ou talvez este seja o governo mais corrupto por haver aberto as contas públicas a toda a população, no Portal da Transparência, que exibe hoje as despesas realizadas até a noite de ontem, em tal nível de abertura que se tornou referência mundial reconhecida pela ONU, OCDE e demais organismos internacionais.

Poderia estender-me aqui indefinidamente, enumerando os avanços concretos verificados no enfrentamento da corrupção, que é tão antiga no Brasil quanto no resto do mundo, sendo que a diferença que marcou este governo foi o haver passado a investigá-la e revelá-la, ao invés de varrê-la para debaixo do tapete, como sempre se fez por aqui.

Peço a publicação.

Jorge Hage Sobrinho


Ministro-Chefe da Controladoria-Geral da União









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